domingo, 26 de maio de 2019

Nordeste é responsável por 86% da produção de energia eólica no país

O Nordeste, sozinho, é responsável por 86% da produção de energia eólica do Brasil, apontam os dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
A ABEEólica mostram que o país já tem mais de 7 mil aerogeradores em 601 parques eólicos.
O Piauí está entre os maiores produtores de energia limpa do Brasil. O estado ocupa o quinto lugar entre os maiores produtores de energia eólica do Brasil, com um total de 1.638,10 megawatts (MW).
O Piauí é o segundo maior produtor de energia solar do Brasil, com uma capacidade de 278,2 MWE,  e nove usinas.
Os ventos passaram a ser o segundo recurso mais utilizado no Brasil para a geração de energia elétrica e já temos 15GW de capacidade instalada. São mais de 7 mil aerogeradores, em 601 parques eólicos, em 12 estados, de acordo com a  Associação Brasileira de Energia Eólica, instituição que reúne cerca de cem empresas da indústria eólica, incluindo fábricas de aerogeradores, de pás eólicas, operadoras de parques eólicos, investidores e diversos fornecedores da cadeia produtiva.
“Se considerarmos que a energia eólica tinha cerca de 1 gigawatts (GW) instalado em 2011 é um feito realmente impressionante chegarmos a ocupar este lugar de destaque na matriz elétrica. Acho fundamental destacar que há diferentes formas de observar a matriz elétrica de um País e uma das possibilidades é considerar a fonte primária de geração, ou seja, qual é o recurso utilizado para a geração elétrica. Acredito que esta é uma forma de apresentação que nos dá uma visão interessante e detalhada do que estamos utilizando para produzir energia no Brasil e, neste caso, o vento é a segunda fonte do país”, explica Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica.
Dos 15 GW de capacidade instalada, 86% estão no Nordeste.
Além dos 15 GW de capacidade instalada, há outros 4,6 GW já contratados ou em construção, o que significa que, ao final de 2023, serão pelo menos 19,7 GW considerando apenas contratos já viabilizados em leilões e com outorgas do mercado livre publicadas e contratos assinados até agora. Novos leilões e novos contratos no mercado devem aumentar os números projetados consideravelmente. A evolução de capacidade instalada da energia eólica ao longo dos anos pode ser vista abaixo:
“No caso do Brasil, além deste crescimento consistente nos últimos anos, existe um fator que tem que ser destacado sempre, que é a qualidade de nossos ventos. Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de 25%, o Fator de Capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%, sendo que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos, que vai de junho a novembro, é bastante comum parques atingirem fatores de capacidade que passam dos 80%. Isso faz com que a produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito maior que as mesmas máquinas em outros Países. Somos abençoados não apenas pela grande quantidade de vento, mas também pela qualidade dele”, resume Elbia.
Segundo dados da CCEE, em 2018, foram gerados 48,4 TWh de energia elétrica, o que representou 8,6% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional no período. Em relação a 2017, foi registrado um crescimento de 14,6% na geração de energia eólica, enquanto a geração como um todo cresceu 1,5% no mesmo período. “Se quisermos trazer isso para uma compreensão mais próxima da nossa realidade, dá para dizer que o que as eólicas produziram de energia no ano passado, em média, seria o suficiente para abastecer 25,5 milhões de residências ou cerca de 80 milhões de pessoas”, explica Elbia.
No ano passado, durante a Safra dos Ventos, a energia eólica chegou a atender quase 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN).
 O Boletim Mensal de Dados do Operador Nacional do Sistema – ONS, referente ao mês de setembro de 2018, por exemplo, mostra que, no dia 19 de setembro, uma quarta-feira, a energia eólica chegou ao percentual de 13,98% de atendimento recorde nacional na média do dia. Continua...

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