sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bolsonaro defende aposentadoria aos 62 para homem e 57 para mulher

'Não queremos fazer maldade com o povo na reforma da Previdência'

 (Crédito:  Reprodução)
Crédito: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (3) que pretende aproveitar a proposta de reforma da Previdência que já está em tramitação na Câmara.

Bolsonaro disse ao SBT, em sua primeira entrevista concedida após a posse, que a idade mínima de aposentadoria deverá ficar em 62 anos para homens e 57 anos para mulheres, e que a proposta será aplicada de maneira gradativa.
"Não queremos fazer maldade com o povo na reforma da Previdência. A idade mínima de 65 anos fica um pouco pesada para algumas profissões", afirmou.
Segundo o presidente, a proposta de reforma da Previdência "não será a mesma para todo mundo, haverá diferenciações".
"A boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado e não a que está na minha cabeça ou da equipe econômica", afirmou.
Bolsonaro afirmou ainda que não pretende elevar a alíquota de contribuição dos servidores à Previdência.
O presidente afirmou que a quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), foi ilegal.
"Falando aqui [bem] claro, quebraram o sigilo bancário dele sem autorização judicial. Cometeram um erro gravíssimo. E outra: a potencialização em cima dele e do meu filho foi para me atingir. Está mais do que claro isso daí também", disse Bolsonaro durante a entrevista. 
Para Bolsonaro, a exposição de seu nome foi um "absurdo". Isso porque, segundo ele, outros servidores vinculados a gabinetes de deputados do Rio tiveram movimentações consideradas atípicas pelo Coaf.
"Vários outros tinham [movimentação] de 5 milhões, 10 milhões, tinha até de 40 milhões de reais. Ninguém toca no assunto", disse Bolsonaro.
Na entrevista, Bolsonaro disse conhecer Queiroz desde 1984 e afirmou que ele "sempre" gozou de sua confiança. "Mais de uma vez já havia emprestado dinheiro para ele. Já emprestei para alguns outros funcionários também. Eu dou essa liberdade e não vejo nada demais nisso aí, não cobro juros, nada", declarou.
O presidente voltou a dizer que "se tiver algo errado, que pague a conta quem cometeu esse erro". Mas contestou o valor apontado pelo Coaf: "não são R$ 1,2 milhão, são 600 mil reais", disse.
Edição: Veja/PHB

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