Que time é esse? Parnahyba, adversário do Coritiba na primeira fase, acumula jejum de quatro anos sem títulos no estadual e histórico ruim no torneio nacional. Conheça um pouco sobre o Tubarão.
Coritiba enfrenta na quarta-feira, às 19h30
(horário de Brasília), o Parnahyba pela primeira fase da Copa do Brasil. O jogo
único na competição impõe cuidados ao Coxa, que terá pela frente uma equipe
centenária, comandada por um "técnico da China" e com elenco de forte
identificação com a cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, terra do Tubarão,
apelido do clube. O GloboEsporte.com listou algumas características do time.
Conheça um pouco mais do adversário do Coxa no torneio mais democrático e
rentável do país.
Centenário, mas
sem título estadual há 4 anos
O Parnahyba tem quase 105 anos de fundação, data
que o coloca em uma lista seleta de clubes centenários no Nordeste. O último
título do Azulino no Campeonato Piauiense aconteceu em 2013, depois disso bateu
na trave algumas vezes - ano passado foi vice-campeão estadual, colocação que
rendeu classificação à Copa do Brasil. Neste ano, faz uma campanha de uma
vitória, um empate e uma derrota, ocupando a quarta colocação no torneio local,
dentro da zona de classificação para as semifinais.
Essa será a sétima vez do Parnahyba na Copa do
Brasil. O clube soma participações em 2004 (contra Nacional-AM), 2006 (contra
ABC), 2007 (contra Náutico), 2013 (contra ABC), 2014 (contra Ceará) e 2016
(contra Portuguesa). Em todas elas, foi eliminado da primeira fase. O time demorou 12 anos para vencer a primeira na competição,
quando derrotou a Lusa por 1 a 0. Na Copa do Brasil, o Tubarão
fez 11 jogos: oito derrotas, dois empates, uma vitória, 27 gols gols sofridos e
nove marcados.
O
elenco: investimento em atletas da casa, um "time família"
O time tem jogadores que atuam já por um bom tempo
na equipe do litoral piauiense. Casos do zagueiro Gilmar Bahia, do lateral
Rian, dos volantes Marcos Gasolina, Pio e Ramon, além do atacante Fabinho. São
atletas que estabeleceram um vínculo muito forte na cidad de Parnaíba. Eles são
a base da equipe que enfrenta o Coxa na quarta-feira, e essa identidade é ponto
forte do Azulino. Ou seja, um grupo que se conhece muito bem. Há também aposta
em atletas jovens, da base do time sub-19: Felipe Garcês e Gabriel são opções
que podem trazer surpresas.
O elenco é bem enxuto, algo para reduzir a folha
salarial do clube. Para 2018, o clube trouxe de novidades o goleiro Cesar
Tanaka, o meia-atacante Manoel Chuva e o meia Formiga, formado na base da
Portuguesa. O atacante Jânio, ex-Coritiba, também retornou ao Tubarão.
O
técnico: Sérgio China, 51 anos
No comando do Parnahyba, um treinador com base
formada nos clubes do Nordeste (Campinense, Guarany de Sobral, Naútico, ABC,
América-RN), sem superstições e marcado por ser metódico e estudioso nas
atividades pré-jogo.
Sérgio China, de 51 anos, aceitou convite do
Tubarão depois de recusar uma proposta do Salgueiro. A possibilidade de ter
sucesso na Copa do Brasil motivou o acerto com os piauienses. No discurso,
China mostra o estilo de jogo: com a bola ataca; sem ela marca. Sérgio
"virou" China por causa de um apelido quando era jogador, por ter os
olhos puxados.
Fora
da praia: punição impede jogo em casa
O Tubarão vai jogar na Copa do Brasil longe do seu
campo. Para ser mais exato há 318 km. Isso pode ser um ponto a favor do Coxa.
No estádio Verdinho, a torcida do Azulino poderia lotar a arena, de menor
porte. No espaçoso estádio Albertão, apenas liberado para cinco mil lugares, o
caldeirão não deve se formar - e o time paranaense ganha até mais
tranquilidade, um sossego, na partida.
O Parnahyba joga em Teresina por causa da punição
do STJD devido ao jogo contra a Portuguesa, pela Copa do Brasil de 2016. O árbitro
relatou o uso de sinalizadores da torcida e de um drone. Para minimizar o
impacto de jogar longe de casa, o clube chegou com três dias de antecedência em
Teresina e realizou dois treinos no Albertão.
Motivo
para vencer: vale grana alta
Uma classificação para a segunda fase da
Copa do Brasil rende ao Coxa uma quantia de R$ 600 mil. Para isso, o time
precisa apenas de um empate no Albertão. Para o Tubarão avançar tem que vencer,
uma vitória que também vale R$ 600 mil.
Esses são os valores das cotas de participação divulgadas pela CBF.
Para um clube que tem apenas o Campeonato Piauiense no calendário, vencer na
Copa do Brasil tem todo um ingrediente financeiro forte: dinheiro que pode
render um semestre gordo, com contas em dias e folha salarial paga. Respiro
para quem passa por aperto e convive com caixa no vermelho.
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