quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Aventureiros transformam travessia do Parnaíba em apelo para que autoridades e entidades cuidem do rio

Travessia do Parnaíba mais

Um grupo de sete amigos, - todos eles skatistas -, transformaram uma aventura pelas águas do rio Paranaíba que banha o Estado do Piauí e desemboca no Atlântico, de uma simples expedição de passeio num forma de pedir às autoridades que olhem para a degradação do rio, invista em políticas públicas para que as famílias ribeirinhas possam sobreviver com o que o rio oferece e transforme o rio num ponto turístico.
“Quando saímos em 2007 nessa travessia tudo era brincadeira, lazer, mas ao longo dos anos fomos percebendo outra coisa, que o rio precisa de ajuda e nós poderíamos ajudar de alguma forma mostrando o que nós vimos em durante nossas viagens ainda existe muita degradação, muita falta de respeito com o rio, animais e aves que registramos em nossa viagem há 10 anos, não vemos mais hoje”, disse Flaviano.
Flaviano trabalha com reciclagem e todo o material usado nas duas balsas é de material reutilizáveis. Em uma das balsas navegam duas pessoas, enquanto que numa maior leva quatro amigos. Tudo é montado pelos seis tripulantes.
Os aventureiros seguem viagem até o litoral piauiense
Este ano a travessia teve como ponto de partida a cidade de Porto, na região Norte do Estado. Os seis aventureiros saíram a 00h de domingo último e já existe registro da passagem deles pela cidade Luzilândia. De acordo com os aventureiros, o destino é a cidade de Parnaíba e eles calculam que devem chegar ao litoral piauiense na Quarta-feira de cinzas (14) sem precisar o horário da chegada ao Porto das Barcas.
As duas balsas são  tem como forma de boia tambores de plásticos, que foram inflados e possuem iluminação rústica com um espécie de candeeiro que também funciona como repelente para insetos. A bordo os aventureiros levam comida e água suficiente para resistir à longa viagem de cinco dias.
James Piva define a viagem como uma forma de lazer, confraternização. Para ele a ideia foi brilhante. Ele conta que uma dessas viagens, um dos tripulantes derrubou toda comida que era levada à bordo no rio. Eles tiveram que secar em cima da balsa para poder se alimentar depois. Ele conta que a primeira viagem, a balsa foi construída com garrafas petis.
Viagem, ao longo dos tempos agregou conhecimento e mais tripulantes
A primeira viagem foi em março/2007, numa balsa construída com garrafas pet e madeira reaproveitada. Eram três tripulantes, partiram de Teresina rumo a Miguel Alves, mas devido a falta de navegabilidade no Rio Parnaíba que estava muito assoreado, encerraram a viagem em Davi Caldas.
A segunda viagem foi em abril/2008. A balsa já agregava outros materiais, houve melhoria na construção da embarcação. A partida foi de Teresina e o destino final era a cidade de Miguel Alves. Desta vez conseguiram chegar ao destino, mas igualmente a viagem foi por um rio agonizante, assoreado, poluído, com pouca correnteza.
A terceira viagem foi em março /2017. Mais um tripulante foi agregado ao passeio. A saída foi de Alto Longá e o destino final era a cidade de Porto. Outros materiais foram testados na construção da nova balsa, mais paisagens e comunidades ribeirinhas foram conhecidas. Mais vontade de repetir a aventura, mais alegria e motivação para ajudar a preservar os rios e toda a natureza.
Esse ano de 2018 não será só mais uma viagem, será A Viagem! Serão 07 skatistas na expedição, os veteranos Thyago Costa, James Soares e Flaviano "Garrote", acompanhados pelo capitão da viagem de 2017, Sebastião, juntamente com os estreantes Leonardo Rocha, Ricardo Torres e José Wilson "Juninho".
Como sempre nos preparativos, mais lixo foi recolhido das ruas e de terrenos baldios. O que não for utilizado na balsa, serão reaproveitados em outras atvidades ou repassados para o processo de reciclagem.
Portal Az via Veja PHB

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