Justiça do Rio considera como
foragido um homem portador do vírus HIV que teve prisão preventiva decretada
por não informar às parceiras e fazer sexo sem proteção com mulheres durante
anos. Renato Peixoto Leal Filho, citado em reportagens do G1 em 2015, não foi encontrado no
endereço onde mora, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Renato foi denunciado
por lesão corporal qualificada e tentativa de lesão corporal qualificada, por
ter contaminado uma delas com o vírus e ter corrido o risco com outra vítima.
Segundo a
decisão da 19ª Câmara Criminal do dia 30 de maio, a desembargadora Katya Maria
de Paula Menezes Monnerat pede a prisão preventiva de Renato. Segundo ela,
"há perigo na manutenção da liberdade do réu que mantém uma conduta
reiterada de através de redes sociais conhecer as vítimas para posterior
relação sexual, sem proteção com o risco de contaminá-las."
Um habeas
corpus foi pedido no Superior Tribunal de Justiça para revogar o pedido de
prisão preventiva. Segundo o Ministro Saldanha Palheiro, no entanto, a liminar
foi indeferida porque as circunstâncias do caso e a não localização de Renato
"justificam a imposição da segregação cautelar".
Em 2015, duas
vítimas relataram o caso nas redes sociais. Entretanto, segundo o acórdão dos
desembargadores, o número de vítimas pode ser ainda maior. "Todos os
elementos colhidos na delegacia apontam para a existência de, ao menos, outras
cinco vítimas", diz o texto.
Segundo a
denúncia do Ministério Público, feita com base no inquérito da 16ª DP (Barra da
Tijuca), uma das vítimas que fez sexo com Renato em abril de 2015 não foi
infectada pelo vírus. No entanto, outra mulher foi efetivamente contaminada
após ter feito sexo com ele em julho do mesmo ano. Segundo a polícia, as
vítimas eram atraídas por Renato através de sites de relacionamentos, e ele
nunca mencionou sua doença a nenhuma delas.
Em depoimento à
Polícia, de acordo com o acórdão, Renato afirma que uma das vítimas pediu a ele
que tirasse a camisinha na hora da relação sexual e que sempre informou sobre
sua doença a essa mulher. Na época, Renato não respondeu às tentativas de
contato do G1.
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