segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Homem no Japão ganha dinheiro para não fazer nada

 Morimoto descobriu que era ruim em fazer algumas coisas e que talvez fosse uma boa ideia aproveitar seu talento para não fazer nada

Morimoto descobriu que era ruim em fazer algumas coisas e que talvez fosse uma boa ideia aproveitar seu talento para não fazer nadaFoto: Foto: Shoji Morimoto/Twitter

Se você já se perguntou muitas vezes qual o seu papel nesta vida e ainda não conseguiu encontrar uma resposta, não se envergonhe. Provavelmente, sua melhor aposta é não fazer absolutamente nada.

Essa foi a conclusão à qual chegou o japonês Shoji Morimoto quando abriu um negócio para o qual recebeu milhares de pedidos desde junho de 2018.

Seus serviços são reduzidos: "comer, beber (com responsabilidade, claro) e dar respostas simples." Nada mais.

A maneira curiosa de ganhar a vida rendeu a Morimoto dezenas de milhares de seguidores nas redes sociais, um programa de televisão inspirado em seu negócio, e o encorajou a escrever um livro sobre suas experiências com os clientes.

Morimoto, de 37 anos, casado e com filhos, conta à BBC News Mundo como se cansou de seus empregos anteriores, abriu seu próprio negócio e que é mais feliz em seu trabalho.

"Eu pensei que talvez 'fazer algo' não fosse bom para mim."

Ganhar a vida "sem fazer nada" é relativamente recente na vida de Shoji Morimoto.

Antes de adotar sua nova profissão em 2018, ele estudou física em uma universidade no Japão e depois fez uma pós-graduação em terremotos.

Em seguida, ele trabalhou em empregos regulares, mas sempre em períodos curtos. Ele diz que nenhum deles o fez se sentir realmente bem.

Ele trabalhou numa editora na qual editava materiais didáticos e respondia, como muitos outros, às instruções de seu chefe. Ele diz que não gostava do trabalho nem do chefe. Depois tentou trabalhar como freelancer, mas também não ficou satisfeito.

"Foi então que concluí que talvez fazer algo não fosse bom para mim", confessa à BBC News Mundo.

"Além do trabalho, pessoas próximas a mim costumavam me censurar em festas ou churrascos por eu não fazer nada. Eu me sentia culpado. Mas então pensei que talvez pudesse aproveitar esse inconveniente e pensei no negócio de 'alugar uma pessoa para não fazer nada.' Continua...

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