domingo, 16 de setembro de 2018

Fique de olho: saiba 3 boatos verificados nesta semana pelo Comprova ante fake

A campanha eleitoral teve início dia 16 de agosto e, desde então, diversos boatos ligados aos candidatos à Presidência viralizaram. Com o objetivo de combater a desinformação, 24 veículos de imprensa, o que inclui o Poder360, participam do projeto Comprova.
Abaixo, selecionamos 3 verificações feitas pela coalizão na semana que passou. Leia abaixo:

1- Imagem em post sobre ‘Relatório da ONU favorável a Lula’ tem conteúdo enganoso

A imagem enganosa foi publicada em 19 de agosto no Facebook por Joice Hasselmann, que trabalha como jornalista e é candidata a deputada federal pelo PSL. O post foi compartilhado 20 mil vezes em 4 dias
© Reprodução A imagem enganosa foi publicada em 19 de agosto no Facebook por Joice Hasselmann, que trabalha como jornalista e é candidata a deputada federal pelo PSL. O post foi compartilhado 20 mil vezes em 4 dias
É enganosa uma imagem publicada no Facebook e compartilhada no WhatsApp afirmando que o relatório da ONU “favorável a Lula” é uma mentira. Houve sim 1 pedido do Comitê de Direitos Humanos da ONU. No entanto, não se trata de 1 relatório, e sim de 1 pedido. Além disso, é impreciso dizer que a autoria é da organização como 1 todo. Na verdade, é de 1 de seus órgãos internos.
Em 17 de agosto, o Comitê de Direitos Humanos da ONU emitiu 1 pedido (medida provisória) para o ex-presidente Lula poder disputar a eleição presidencial de 2018, dar entrevistas e se reunir livremente com petistas antes de se esgotarem todos os recursos na Justiça brasileira.
A ideia é que se tribunais superiores do Brasil eventualmente reverterem a condenação de Lula no futuro, ele terá sido prejudicado por não participar da eleição. O petista foi condenado em 2ª Instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O órgão não pede que o ex-presidente seja solto nem diz se houve violações de direitos humanos no caso (o Comitê julgará o mérito apenas em 2019). Foi a defesa de Lula que, em julho, levou o caso para o Comitê.
Este texto foi produzido por Nexo e Uol. Leia a íntegra.

2 – Propriedade de jato atribuído a Lulinha é de empresa americana

A imagem enganosa foi publicada em 19 de agosto no Facebook por Joice Hasselmann, que trabalha como jornalista e é candidata a deputada federal pelo PSL. O post foi compartilhado 20 mil vezes em 4 dias
© Reprodução A imagem enganosa foi publicada em 19 de agosto no Facebook por Joice Hasselmann, que trabalha como jornalista e é candidata a deputada federal pelo PSL. O post foi compartilhado 20 mil vezes em 4 dias
É falsa a alegação, presente em uma montagem que voltou a circular na internet, sobretudo no Facebook e no Whatsapp, de que 1 dos filhos de Lula, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, é dono de 1 avião avaliado em US$ 50 milhões.
A aeronave em questão, modelo G-1159A Gulfstream III de prefixo N933PA, é alvo de especulações sobre sua relação com Lula ou seu filho Lulinha pelo menos desde 2013 (como pode ser visto aqui). Porém, não há nenhum registro de que esse jato tenha pertencido a qualquer membro da família.
A investigação teve como base o registro do prefixo do avião (código alfanumérico que identifica a nacionalidade de uma aeronave) nos bancos de dados de órgãos oficiais de aeronáutica e sites de registro de aviões e voos.
Este texto foi produzido por Jornal do Commercio, Estadão e Band News FM.o. Leia a íntegra.

3- Pesquisador agiu corretamente ao não mostrar questionário de pesquisa eleitoral

A imagem enganosa foi publicada em 19 de agosto no Facebook por Joice Hasselmann, que trabalha como jornalista e é candidata a deputada federal pelo PSL. O post foi compartilhado 20 mil vezes em 4 dias
© Reprodução A imagem enganosa foi publicada em 19 de agosto no Facebook por Joice Hasselmann, que trabalha como jornalista e é candidata a deputada federal pelo PSL. O post foi compartilhado 20 mil vezes em 4 dias
Em vídeo que está sendo compartilhado nas redes sociais, 1 homem denuncia pesquisa do Datafolha e diz que ela foi fraudada porque o pesquisador se recusou a mostrar o questionário. A acusação não procede. Segundo a empresa, o funcionário agiu corretamente.
O vídeo foi gravado no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 7 de junho, quando a pesquisa foi realizada. Na gravação, 1 homem, que apesar de mostrar o rosto, não se identifica, acusa o entrevistador de fraude. “Foi anulada agora a pesquisa Datafolha porque foi negada a informação de eu ler as perguntas”, diz ele. E questiona: “como é que eu posso dar credibilidade a uma pesquisa onde eu não posso ler as perguntas?”. Enquanto fala para a câmera, o homem grava também o funcionário do Datafolha. O pesquisador tenta esconder o rosto e, em 1 momento do vídeo, explica que o questionário não pode ser lido pelo entrevistado.
A metodologia da pesquisa não permite que os entrevistados leiam as perguntas antes para que o resultado seja considerado válido. De acordo com o site do Datafolha, “o questionário é o principal instrumento das pesquisas e a ordem das perguntas pode influenciar as respostas dos entrevistados”. O questionário, no entanto, foi publicado no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), como manda a lei, quando a pesquisa foi registrada. O registro foi feito 2 dias antes do início da consulta, no dia 4 de junho, recebeu o número BR-05110/2018 e pode ser consultado por qualquer pessoa.
O Comprova também entrou em contato com o Datafolha, que confirmou que o entrevistador fazia pesquisa para a empresa. Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, afirmou que o homem agiu corretamente ao se recusar a mostrar o questionário ao entrevistado.
Este texto foi produzido por O Povo e Folha de S.Paul. Leia a íntegra.

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