quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Grupo pede fim de produtos químicos em plásticos que danificam cérebro de bebês

 Ultrassom

Os ftalatos, plático presente em diversos materiais do dia-a-dia pode prejudicar fetos ainda no útero
Foto: Reprodução

Produtos químicos sintéticos chamados ftalatos prejudicam o desenvolvimento do cérebro das crianças e, portanto, devem ser imediatamente banidos dos produtos de consumo. Essa foi a conclusão de um grupo de cientistas e profissionais de saúde do Projeto TENDR, dos EUA.

O TENDR (uma sigla para o que pode ser traduzido como Visando Riscos Ambientais no Neurodesenvolvimento) é um grupo de cientistas voluntários, profissionais de saúde e defensores da infância que trabalham para estudar e reduzir a exposição das crianças a produtos químicos neurotóxicos e poluentes.

“Queremos mover a comunidade de saúde pública, incluindo os reguladores, em direção a esse objetivo de eliminação dos ftalatos”, disse a autora principal, Stephanie Engel.

“Temos evidências suficientes agora para nos preocupar com o impacto desses produtos químicos no risco de distúrbios de atenção, aprendizado e comportamento de uma criança”, disse Engel, professora de epidemiologia na faculdade de saúde pública da Universidade da Carolina do Norte.

“Espero que este artigo funcione como um alerta para compreender que a exposição precoce a esta classe de produtos químicos está afetando nossas crianças”, disse a toxicologista Linda Birnbaum, ex-diretora do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental e do Programa Nacional de Toxicologia. Ela não esteve envolvida no estudo. 

“Quando o mesmo tipo de descoberta aparece em várias populações, feita por diferentes investigadores usando diferentes ferramentas e abordagens e continua chegando à mesma descoberta, acho que pode começar a dizer que os dados são bastante claros”, disse Birnbaum.

CNN solicitou comentários do Conselho Americano de Química (ACC). Eis a resposta, dada por Eileen Conneely, diretora sênior da divisão de produtos químicos e tecnologia da ACC.  “Embora sejamos encorajados por esforços contínuos de pesquisa sobre a ciência e a saúde dos ftalatos, estamos preocupados com a superinterpretação dos estudos que não estabeleceram uma ligação causal entre os ftalatos e os efeitos adversos à saúde humana”.

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