quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Usar máscara é a melhor maneira de reduzir a transmissão da Covid-19, diz estudo

  Pessoas trabalhando usando máscaras respiratórias.

Pessoas trabalhando em um escritório usando máscaras respiratórias.

Foto: Deliris/Shutterstock

O novo coronavírus se espalha principalmente por transmissão aérea e usar uma máscara é a maneira mais eficaz de impedir a propagação de pessoa para pessoa, de acordo com um novo estudo.

Uma equipe de pesquisadores do Texas e da Califórnia comparou as tendências da taxa de infecção por Covid-19 na Itália e na cidade de Nova York antes e depois das máscaras faciais serem obrigatórias. De acordo com o estudo — publicado na quinta-feira (11) no Proceedings of the National Academy of Sciences —, ambos os locais começaram a ver as taxas de infecção achatarem-se apenas após a adoção obrigatória da máscara facial.

Os pesquisadores calcularam que o uso de máscaras faciais preveniu mais de 78 mil infecções na Itália entre 6 de abril e 9 de maio e mais de 66 mil infecções na cidade de Nova York entre 17 de abril e 9 de maio.

“O uso de máscaras faciais em público é o meio mais eficaz de impedir a transmissão inter-humana, em conjunto com o distanciamento social, a quarentena e o rastreamento de contatos, enquanto não desenvolvemos uma vacina”, diz o estudo.

Os pesquisadores avaliaram a eficácia de diferentes estratégias para interromper a propagação da infecção e determinar as principais formas de disseminação do vírus. Os vírus podem se espalhar por contato direto quando uma pessoa tosse ou espirra na direção de outra pessoa; pelo contato indireto, quando uma pessoa tosse ou espirra em um objeto que é tocado por outra pessoa; ou pelas pequenas gotículas, chamadas aerossóis, que podem percorrer vários metros enquanto pairam no ar.

Para determinar o principal método de conter a transmissão do vírus, os pesquisadores analisaram tendências nas taxas de infecção em três epicentros da pandemia: Wuhan (China), Itália e a cidade de Nova York. Eles analisaram as medidas de mitigação que estavam sendo usadas nesses locais, como testes extensivos, quarentena, rastreamento de contatos, distanciamento social e uso obrigatório de máscaras faciais.

Os pesquisadores compararam o momento em que essas medidas foram implementadas. Na China, todas as medidas foram implementadas ao mesmo tempo. Já na Itália e em Nova York, medidas de mitigação foram implementadas em diferentes momentos.

Isso permitiu aos pesquisadores avaliar a eficácia relativa das medidas. Eles descobriram que as taxas de infecção na Itália e em Nova York só começaram a diminuir depois que as máscaras se tornaram obrigatórias, não depois que o bloqueio foi realizado na Itália ou depois que as ordens de permanência em casa entraram em vigor em Nova York.

Fonte: CNN Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário