quinta-feira, 12 de julho de 2018

Partidos políticos do Brasil usam candidatas fantasmas

Com a proximidade das eleições, os partidos políticos do Brasil estão se preparando para cumprir a cota mínima obrigatória de mulheres candidatas, mas isso não significa que as legendas queiram que elas ganhem.
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Agência Brasil (Foto)
Veja o caso de Danielle Silva Lopes, por exemplo, que só descobriu no dia da eleição, em outubro de 2016, que estava concorrendo para vereadora em São Paulo pelo então Partido Social-Democrata Cristão (hoje chamado Democracia Cristã), apesar de ter dito várias vezes ao partido que não desejava concorrer.
“Não aceitei, não assinei nada, não entreguei documentos”, disse ela em mensagem de texto. “E no dia da eleição, eu recebi uma ligação com a informação que eu estava nas urnas.” Ela não teve nenhum voto. O partido nega ter apresentado a candidatura sem a autorização dela.
Em outubro, o Brasil terá a eleição mais imprevisível e divisiva desde a volta à democracia, e a frenética batalha judicial de domingo passado pelo destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma ideia das amargas batalhas que vêm por aí. As mudanças das regras de financiamento de campanha e das cotas de gênero deverão ter papel fundamental na definição do resultado e podem ajudar a melhorar a péssima posição do Brasil em comparações internacionais sobre representação feminina na política.
(Exame.com)

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