quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

O Outro lado da mídia: Rival do Coxa é centenário, só venceu uma na Copa do Brasil e tem time família

Que time é esse? Parnahyba, adversário do Coritiba na primeira fase, acumula jejum de quatro anos sem títulos no estadual e histórico ruim no torneio nacional. Conheça um pouco sobre o Tubarão.

Mascote do Parnahyba é o Tubarão  (Foto: Emanuele Madeira/GloboEsporte.com)
Coritiba enfrenta na quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília), o Parnahyba pela primeira fase da Copa do Brasil. O jogo único na competição impõe cuidados ao Coxa, que terá pela frente uma equipe centenária, comandada por um "técnico da China" e com elenco de forte identificação com a cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, terra do Tubarão, apelido do clube. O GloboEsporte.com listou algumas características do time. Conheça um pouco mais do adversário do Coxa no torneio mais democrático e rentável do país.
Centenário, mas sem título estadual há 4 anos

O Parnahyba tem quase 105 anos de fundação, data que o coloca em uma lista seleta de clubes centenários no Nordeste. O último título do Azulino no Campeonato Piauiense aconteceu em 2013, depois disso bateu na trave algumas vezes - ano passado foi vice-campeão estadual, colocação que rendeu classificação à Copa do Brasil. Neste ano, faz uma campanha de uma vitória, um empate e uma derrota, ocupando a quarta colocação no torneio local, dentro da zona de classificação para as semifinais.
Essa será a sétima vez do Parnahyba na Copa do Brasil. O clube soma participações em 2004 (contra Nacional-AM), 2006 (contra ABC), 2007 (contra Náutico), 2013 (contra ABC), 2014 (contra Ceará) e 2016 (contra Portuguesa). Em todas elas, foi eliminado da primeira fase. O time demorou 12 anos para vencer a primeira na competição, quando derrotou a Lusa por 1 a 0. Na Copa do Brasil, o Tubarão fez 11 jogos: oito derrotas, dois empates, uma vitória, 27 gols gols sofridos e nove marcados.

O elenco: investimento em atletas da casa, um "time família"


Fabinho, atacante do Parnahyba (Foto:  Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
Fabinho, atacante do Parnahyba (Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
O time tem jogadores que atuam já por um bom tempo na equipe do litoral piauiense. Casos do zagueiro Gilmar Bahia, do lateral Rian, dos volantes Marcos Gasolina, Pio e Ramon, além do atacante Fabinho. São atletas que estabeleceram um vínculo muito forte na cidad de Parnaíba. Eles são a base da equipe que enfrenta o Coxa na quarta-feira, e essa identidade é ponto forte do Azulino. Ou seja, um grupo que se conhece muito bem. Há também aposta em atletas jovens, da base do time sub-19: Felipe Garcês e Gabriel são opções que podem trazer surpresas.
O elenco é bem enxuto, algo para reduzir a folha salarial do clube. Para 2018, o clube trouxe de novidades o goleiro Cesar Tanaka, o meia-atacante Manoel Chuva e o meia Formiga, formado na base da Portuguesa. O atacante Jânio, ex-Coritiba, também retornou ao Tubarão.

O técnico: Sérgio China, 51 anos

 

Sérgio China, treinador do Parnahyba  (Foto:  Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
Sérgio China, treinador do Parnahyba (Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
No comando do Parnahyba, um treinador com base formada nos clubes do Nordeste (Campinense, Guarany de Sobral, Naútico, ABC, América-RN), sem superstições e marcado por ser metódico e estudioso nas atividades pré-jogo.
Sérgio China, de 51 anos, aceitou convite do Tubarão depois de recusar uma proposta do Salgueiro. A possibilidade de ter sucesso na Copa do Brasil motivou o acerto com os piauienses. No discurso, China mostra o estilo de jogo: com a bola ataca; sem ela marca. Sérgio "virou" China por causa de um apelido quando era jogador, por ter os olhos puxados. 

Fora da praia: punição impede jogo em casa


Estádio Albertão, Teresina (Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
Estádio Albertão, Teresina (Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
O Tubarão vai jogar na Copa do Brasil longe do seu campo. Para ser mais exato há 318 km. Isso pode ser um ponto a favor do Coxa. No estádio Verdinho, a torcida do Azulino poderia lotar a arena, de menor porte. No espaçoso estádio Albertão, apenas liberado para cinco mil lugares, o caldeirão não deve se formar - e o time paranaense ganha até mais tranquilidade, um sossego, na partida.
O Parnahyba joga em Teresina por causa da punição do STJD devido ao jogo contra a Portuguesa, pela Copa do Brasil de 2016. O árbitro relatou o uso de sinalizadores da torcida e de um drone. Para minimizar o impacto de jogar longe de casa, o clube chegou com três dias de antecedência em Teresina e realizou dois treinos no Albertão.
Estádio Albertão, em Teresina. Apenas as arquibancadas rádio e TV estão liberadas (Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)
Estádio Albertão, em Teresina. Apenas as arquibancadas rádio e TV estão liberadas (Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com)

Motivo para vencer: vale grana alta


Uma classificação para a segunda fase da Copa do Brasil rende ao Coxa uma quantia de R$ 600 mil. Para isso, o time precisa apenas de um empate no Albertão. Para o Tubarão avançar tem que vencer, uma vitória que também vale R$ 600 mil.
Esses são os valores das cotas de participação divulgadas pela CBF. Para um clube que tem apenas o Campeonato Piauiense no calendário, vencer na Copa do Brasil tem todo um ingrediente financeiro forte: dinheiro que pode render um semestre gordo, com contas em dias e folha salarial paga. Respiro para quem passa por aperto e convive com caixa no vermelho.

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